Zeca Pagodinho
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Pisa Como Eu Pisei/brincadeira Tem Hora/quando Eu Contar (Iaiá)

Zeca Pagodinho


Chega como eu cheguei, pisa como eu pisei
No chão que me consagrou
Olha que lei é lei, lei que eu nunca burlei
Pois Deus me designou

Ao me ver já diz que me conhece
Sem saber bem que eu sou
Conhece mas desconhece, meu real interior

Eu sou verso e sou reverso, sou partícula do universo
Sou prazer, também sou dor
Eu sou causa, sou efeito
Eu sou torto e sou direito

Vem na oureza do vento
Na luz que o sol reluz
Sonho que me conduz ao choro
Do pé da cruz
De tudo que faz a vida
Desmerecer a razão
E meus olhos se confundem por ver
Tanta ingratidão

Não brinque com meu amor
Não brinque com meu amor
Meu amor não é brincadeira
E nem é coisa sem valor

O meu peito é uma esteira
Onde a paz se deitou
O meu peito é uma esteira
Onde a paz se deitou
Eu chamo você demora
Eu já disse à você

Brincadeira tem hora
Brincadeira tem hora
Brincadeira tem hora
Brincadeira tem hora
Brincadeira tem hora

A solidão vive açoitando meu peito
Procuro um jeito ligeiro
Dela sempre me esquivar
Mas a luz que ilumina meu caminho
Ilustra meu pergaminho
Com as vitórias que a vida me dá

Maltrata quem te adora
Brincadeira tem hora
Eu sei quem te adora
Brincadeira tem hora eu sei que você vai embora
Brincadeira tem hora

Um coração, quando ama choraminga
O olhar lecrimeja e até mingua
Em busca de carinho
Amor é coisa que nasce dentro da gente
Quem não tem, vive doente
Perdido nos descaminhos

Essa paixão me devora
Brincadeira tem hora
Juro por nossa Senhora
Brincadeira tem hora, Oh! Brincadeira


Oh, Iaiá!
Iaiá... ô Iaiá, minha preta não sabe o que eu sei |
O que vi nos lugares onde andei |
Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar |
Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar |
Vi um tipo diferente, assaltando gente que é trabalhador
Morando no morro, muito perigoso
onde um tal de Caveira
comanda o vapor
Foi aí que o tal Garoto
coitado do broto, encontrou com
Caveira
Tomou um sacode, caiu na ladeira
Iaiá, minha preta, morreu
de bobeira

Dei um pulo na cidade... Iaiá, minha preta
se sei, não iria
Só vi pilantragem, só vi covardia
nem sei como pode alguém lá viver
Quando vi o salário
que o pobre operário sustenta a família
Fiquei assustado, Iaiá minha filha
montei no cavalo e voltei pra você

Dei um pulo na macumba
saber da quizumba, bolei na demanda
Cantei pra Calunga, baixei a muamba
saravei a banda, meu corpo fechei
Iaiá, eu fiz tudo certinho
deitei para o santo... raspei, catulei
Me deixa de lado, cão escomungado
tô abençoado, estou dentro da lei
Oh, Iaiá!
Iaiá... minha preta não sabe o que eu sei
O que vi nos lugares onde andei
Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar |

Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar |
Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar

Composição: Aluizio Machado, Beto Sem Braço, Serginho Meriti, Zeca Pagodinho

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