Ar[Riscado]
AtĂ© o sumo em essĂȘncia
Ă espreita da vivĂȘncia
Ora espreme! Ora expele!
Esse futuro jĂĄ presente, consequentemente passado
Na prĂłpria pele a Sol banhado
A carne perfura em fervura
Até o centro do próprio ser
Agora! O agora Ă© tudo!
Transcrevo os rabiscos provenientes dos riscos
Texturas a mim nĂŁo contadas
Em vitrolas nĂŁo tocadas
O criar entĂŁo do prĂłprio disco
Do tal viver ao risco
DesconstrĂłi-se, assim constrĂłi-se
A sua obra de arte e seu encarte
Do vinil que ninguém ainda ouviu
Esquecido na poeira
Nas definhas de sujeira
Melodia ressoa
A mente se abre
E o pensar, longe voa
NĂŁo mais gravitacional
Ansiando por algo mais, além da beira
E quando olhar pra trĂĄs, nessa jornada passageira
Quisera ter o rastro deixado
Pela cabine de si ter pilotado
Na prĂłpria vivĂȘncia. NĂŁo na sombra do que quebra
Fluxo segue e desintegra a ferida onde fora moradia
E lĂĄ fora o chamar extasia
Deixa ir. Se deixe ir
VĂĄ! Ora vĂĄ!
Continuo na multiplicidade celular
Todas as coisas, querendo olhar
Espelhar o tal amar sem sufocar
Como vencer do gameta ao espaço feito cometa
Se por hora, as pĂĄginas ficarem cheias e escritas
E vivĂȘncias forem extintas
Novas continuarĂŁo pedindo por tintas
Continuo o risco. Arrisco
Um natural instinto animal
Biológico indo além do lógico
NĂŁo quero dormir pra sempre
E ter dado a Ășltima respiração
Sem ter inflado e vivenciado
Esse desejado arriscado
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