Vina

N-1

Vina


Deitado em uma rede desdobrava seus sentidos
Se fazia em infinitos, desfazendo seus intentos
Recorrendo aos novos gritos de sussurros e de ventos
Quando abriu sua cabeça flutuou no movimento

Deparando-se com a curva cruel do seu pensamento
Repetiu mais de uma gula da comida da existĂȘncia
NĂŁo reproduzindo a forma coerente da certeza
Teve de mudar o preço do alimento da cabeça

E do espĂ­rito ao esgoto se encobriu de incoerĂȘncia
Afirmando-se tĂŁo solto se prendeu na referĂȘncia
Viu um buraco de vexames, de chamego, de inocĂȘncia
TĂŁo real quanto o seu sonho, tĂŁo valente quanto o medo

NĂŁo juntava nem rimava, mas rimava com frequĂȘncia
Viu que a boca engolia a cidade e a reticĂȘncia
Que a volta Ă© o inĂ­cio e o inĂ­cio Ă© a incerteza
Que do texto nĂŁo se esquece, mas o apaga o tempo inteiro

Que o acerto é o começo, meio e fim só de mistério
E o mistério é um segredo da cabeça efervescente
Da loucura e do desejo, Ă© fornalha que nĂŁo aquece
Mas termina na certeza de uma resposta pelo meio

Que a conta do mistĂ©rio tem o nĂșmero primeiro
Que sempre desaparece, mas fica aparecendo
É uma conta que se soma, que divide fora e dentro
Multiplica a resposta, diminui o entendimento

Letra enviada por null

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