Unidos do Peruche
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Tudo começou nos anos 50, onde a área do Parque Peruche e Vila Espanhola, haviam vários sambistas que desfilavam em diversas Escolas de Samba, como a Lavapés, Rosas Negras, Garotos do Itaim além dos Cordões como Campos Elisios e Paulistano da Glória.

Um grupo de amigos militantes à entidade da Lavapés, a primeira Escola de Samba paulistana, entre eles havia o Carlos Alberto Caetano, mais conhecido como Carlão, que além de componente da mesma era também dirigente e por não concordar com alguns fatos resolveu juntamente com esse grupo idealizar uma outra entidade, mais precisamente na região da Casa Verde, dando assim a possibilidade de vários foliões poderem participar e desfilar em uma Escola de Sampa. Na verdade, sentiram que da junção de forças, suor e muito trabalho, cujas raízes vem do negro, povo humilde de muita garra e samba no pé, poderia então nascer uma entidade.

Em 1954, os mesmos faziam parte do Bloco do Morro do Bico Doce e em 1995 nascia oficialmente a Peruche, com a união de várias pessoas que saiam as ruas após o serviço com uma taça na mão, no sentido de arrecadarem verba para poderem comprar os instrumentos e desfilar. Em 4 de Janeiro de 1956, foi registrada a ata de fundação com o nome de "Sociedade Esportiva Recreativa Beneficente Unidos do Parque Peruche", sendo inclusive a primeira entidade a possuir uma quadra para a realização de seus ensaios. O local se chamava "Terreiro do Caqui".

As primeiras reuniões eram feitas no Bar Sergipe e na casa da Luizinha. Os instrumentos utilizados eram poucos e insuficientes pois eram emprestados pelos times de futebol, como Monte Azul, Ponte Preta do MOrro e Estrela do Sul, todos da região. A Peruche já nasceu como Escola de Samba e começou a desfilar em 1956 pela II categoria, com mais ou menos 300 componentes. OS desfiles eram na Praça da Bandeira, sendo que as maiores concorrentes eram a Nenê da Vila Matilde e a própria Lavapés. Nos primeiros quatro anos seguidos a Peruche recebeu menções honrosas nesses desfiles.

Porém em 1960, a Escola passa a desfilar pela I categoria, sendo necessário a elaboração de um livro de ouro, arrecadando subsídios. De 1960 à 1963, sagrou-se vice campeã e de 1965 à 1976 alcança o título de Capeã do Carnaval. Nessa época, o clube dos lojistas da Lapa era quem colaborava para a realização dos desfiles. Mas no ano de 1967 por diante, as entidades carnavalescas passam a receber verba da Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo. A Peruche havia vendido o seu terreno e passa e ensaiar na Rua Zilda, uma das ruas mais famosas no bairro. Nos dias de hoje mais adiante puderam comprar um pequeno imóvel situado na antiga Rua C. Nesse mínimo espaço era impossível ensaiar. Foi adquirido então um outro terreno já em proporções maiores no Morro do Chapéu que também foi passado pra frente para poderem ter condições de adquirir o espaço onde hoje está a Quadra Social ao lado da Ponte do Limão. Na busca pelo título ela torna-se vice-campeã de 1968 à 1971, além dos anos de 1988 e 1989. Em 1988 a Unidos do Peruche muda a história e o conceito do Carnaval Paulistano, pois ninguém esperava que ela viesse para a Avenida naqueles moldes mostrando não só sua grandiosidade, mas se portando como gigante, com grandes carros alegóricos bem como lindas fantasias. Isso fez com que as demais entidade corressem atrás para não ficarem por baixo. A Peruche nesse Carnaval mostrou toda sua garra e criatividade, mas perdeu um ponto apenas. O puxador de Samba na oportunidade foi o grande interprete Jamelão. A Quadra de Samba já foi palco de grandes eventos e shows artísticos, mantendo a tradição de grandes festas, tais como Festa do Hawai, Festa do Chopp, etc.


Fonte: www.UnidosDoPeruche.com.br