No fundo do vazio das ilusões

eu durmo até que chegue minha hora

Sons do silêncio, o canto do vento

Tento despertar o que me recuso a me tornar

Enquanto a luz desvanece e os ventos uivam

Segredos voam nas asas da tempestade

A escuridão chama, o céu noturno é meu teto

Sombras carmesim caem

Não havia lua

o céu acima de nossas cabeças era negro como tinta

A tempestade havia passado

o ar salgado estava úmido, pesado e frio

As velas estão rasgadas

à deriva nas correntes do mar profundo

O nascer do sol revela costas distantes, mas estou em

Dor, oh a luz

Durma agora, meu filho, está tudo bem

Seus cânticos melancólicos continuam por dias

enquanto à deriva em direção à costa

Como chegamos até aqui? Não aguento mais

Preciso da paz, sonho descansar longe de todo o barulho

Não suporto seus murmúrios, só desejo o silêncio

Oh, o silêncio da noite

Sem dor, sem sussurros, sem luz

Olhos cegos não podem ver

Além dos véus das estrelas

Tristes peões do destino

Faltam a fé que cura as cicatrizes

Amaldiçoados são os cegos

Amaldiçoo sua sina

Malditos sejam seus lamentos, maldita seja sua angústia

Ansiando pela Sinfonia da Noite

Amaldiçoados são os cegos

Eu sou o escolhido da noite

No fundo do vazio das ilusões

Durma até que chegue sua hora

Você provará o vinho mais doce

E fará o que deve ser feito