Pineapple
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Poetas no Topo

Pineapple


O reflexo vira matéria, atinge a idade
Da invisĂ­vel grade a porta sĂł abre por fora
São noites de Cabíria, sob o céu do enigma
Escondo no planeta algumas soluçÔes de fåcil uso
Esbarro nos lĂĄbios brutos, arranhados
como fracos vinis, yo
Cansados de sĂł ver navios
Nas areias do templo, no sinal vermelho
O parabrisa reflete
como posso me esconder de mim mesmo?
Sol mostarda, viver atrasa, sexta-feira em casa
Na cabeça Não Amarås e Decålogo
Paredes falam muito sobre mim
E sobre os vacilos que ando cometendo
A pureza decola no trĂąnsito lento
E o pensamento no Ettore Scola
As coisas perdem suas cores agora
NĂŁo fui e nĂŁo vi, dos detalhes preferi nem saber
Gastei uns minutos num bar e nem pensei em morrer
Porque viver nĂŁo se pensa
Ao menos não vale o esforço
Vale o que expira
O que sobra do ser
Botar na tela o sangue da carne abulante
Ser a latĂȘncia, jamais operado
pelos sonhos de alguém, yo

(Bk!)
Enjoado com o que acabei de comer
TÎ aqui procurando alguém pra transar
Descansando, mas jĂĄ jĂĄ volto a correr
E ainda tÎ duvidando alguém me alcançar, yeh!
RolĂȘ na Lapa deixa meu rap imundo
Paco com a mão, lei da atração
Nada de salĂĄrio do professor Raimundo
Rival corre "pente de esteira"
Derrubando os cara de pau e gritando madeira!
Nada de em cima do muro
Mas vem tiros de todos os lados
Novos inimigos e antigos aliados
DifĂ­cil sair do lugar, tipo o trĂąnsito parou
Mas passamos igual as motos no corredor
Pedir pra morte nĂŁo amolar a foice (aham)
É igual esperar a ex ligar no meio da noite
EntĂŁo buscamos sempre o que comemorar
Tipo a bunda dela era tĂŁo grande
dava até pra morar, ye!
A vida Ă© uma ladeira me observe subir
Quando tĂŽ prestes a sumir volto a me encontrar
Minha maldição é não falar o que tu quer ouvir
Sua bĂȘnção, eu falar o que eu quero falar
Quando eu parecer estar morto, eu vou tĂĄ mais esperto
Eu tĂŽ bebendo muito, atravessando meus desertos
Fazendo o impossĂ­vel parecer fĂĄcil vĂĄrias vezes
Causando inveja nos Deuses, Ăł
DispĂŽ quem tem?
Te bato Tekken
No clima quente, te esfria, tente!
TĂĄ pra nascer quem vai me parar (aborta)
CĂȘs querem a vida de clipe mas eu sou o diretor (corta)

Sou traficado por mim!
Eu escrevo e o santo desce
Permita-me que a prece
Seja breve como a seca seca esse solo fétido
FĂ©rtil em gerar mentira
Me tira dessa terra, ela me suga igual vampira!
Por quanto eu tempo eu protelei com meu encaixe certo
Pra encaixar no Lego cada palavra de nojo
Dessa cara de sonsa eu revelei cada mistério
E se eu te fiz chorar me perdoa
Eu te compro um estojo novo
É por mim e Ă© por nĂłs que ando vomitando ouro
Cada palavra falada nĂŁo volta sĂł vira o jogo
É poetas no topo!
Nos capa Ă© sĂł soco
Respirando fundo, e pouco
Vai retrucar porque sabe que é, né?
Pros maloca fraco a vida tĂĄ pautada nisso
O taro que te traga e traz mulher, né?
Fez o que queria agora faz o mais difĂ­cil
Liga pra mim de um cel qualquer, Ă©
A algema que te fode o que tu tem no coração
E se sentir saudade da um rolĂȘ
Que agora a prioridade é redescobrir minha função

De tanto usar referĂȘncia virei referĂȘncia
AtĂ© que meus Ă­dolos me fazem reverĂȘncia
NĂłs somos rimas adultas, tu adolescĂȘncia
Sou pesadelo, entĂŁo mije na cama, tipo incontinĂȘncia
Eu notei, depois do destaque fui odiado
Ainda que escrevo clĂĄssicos, tipo Jorge Amado
No topo da cadeia alimentar
EntĂŁo vou comer todos eles de porrada
E as minas que quiser me dar!
MalandrĂŁo eu? NĂŁo! É que vocĂȘs sĂŁo bobo
Ela quer guerra, nĂŁo terĂĄ
Se ela quer transa, eu quero em dobro!
OpiniĂŁo Ă© igual cu e vocĂȘs dĂŁo demais!
O meu ditado Ă© diferente, aĂ­ se fala, aqui se faz!
Minhas rimas produtos caros, as deles outlet
Bebemos ĂĄgua da fonte, eles ĂĄgua do toalete
Ser ou nĂŁo ser? Pergunte a Hamlet
Ela nem te olha no olho e no Tinder dĂĄ match, Ă©!
Não se trata de opção, nós somos a margem da margem
Bk, Djonga e esses monstrĂŁo
Invejosos vĂŁo dizer que Ă© montagem!

Coé Santin, pega a visão menó, chuva de mec
SĂł pode falar merda na mĂșsica, fechĂŽ?

Bk falou: "sĂł pode falar merda na mĂșsica", merda
Nem queria e jĂĄ falei!
SĂŁo tantas perdas tudo que avacalhei
Que merda Bk, seu merda!
Tu planejou essa merda, Ă©?
Igual criança, agora eu vou falar mais merda
JĂĄ se sentiu na merda?
E o que cĂȘ sente, ultimamente?
Quem prometeu tĂĄ aqui pra sempre?
Que merda... reclame com Bk!
Talvez vocĂȘ ame ou entenda, talvez queira brincar, merda
Eu precisava falar umas merdas
Mesmo com voz anasalada
Pra ter verso analisado por 'nĂŁo-sei-o-quĂȘ'
Eu vou falar umas merda
Escute essa merda
Pra quĂȘ fazer mais clĂĄssicos? Merda paga cachĂȘ!
O final pode nĂŁo ser uma merda, entĂŁo carpe diem
Mas na maioria dĂĄ merda, entĂŁo sapatin'
Tu vai achar uma merda, né, mundo ingrato?
Sozinho sĂł penso merda
Sorri, retrato!

LicitaçÔes em pizza
Prédios igual torre de Pisa
Rj, olha onde pisa
Juntei minhas armas, fiz minha pesquisa
VocĂȘs acham que venceram, mas tĂŁo igual Freeza
TĂŽ frio igual Mr. Freeze, com a cerva no freezer
ChapadĂŁo de Ice-o-lator, Profeta, The Violator
Tocando o terror, na rota dos rato
No reino dos Roto, onde o trono Ă© o esgoto
Me mantenho intacto de fato sem me abalar
Mas se tentar me atacar, Ă© balala, balalalala!
(Fala!)
Sigo propagando sĂ­mbolos
Profeta
Sigo derrubando Ă­dolos
É o Nectar
Sigo propagando sĂ­mbolos
PirĂąmide
Sigo derrubando Ă­dolos
Bk
Sigo propagando sĂ­mbolos
Djonga
Sigo derrubando Ă­dolos
Sant
Sigo propagando sĂ­mbolos
Makalister
Sigo derrubando Ă­dolos
Menestrel

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