A sacada de um sobrado De fachada colorida Foi um palco encantado Em mais um drama da vida Numa cidade pequena Quase que desconhecida Foi onde a primeira cena Da peça foi exibida E até o primeiro ato Ahistória foi de fato Realmente dolorida
De manhã logo cedinho Assim que o sol nascia Um rosto lindo e sorrindo Na janela aparecia Era a moça mais bonita Que na cidade existia Mas a sua vida aflita Era uma agonia Um encanto de menina Que cumpria a triste sina Por sofrer paralisia
Certo dia um viajante Por acaso ali passou Moço muito elegante Diante da casa parou Embora meio indeciso Da moça se aproximou E numa troca de sorriso O namoro começou O rapaz era pacato Mas sensato em seus atos Seu papel desempenhou
Debruçada na janela Ela disse ao rapaz Todo sofrimento dela Em alguns anos atrás Ele com toda cautela Falou dos seus ideais Com o consentimento dela Foi falar com os seus pais Oh! meu Deus quanta beleza Na modesta natureza Talvez não exista mais
Quase um ano foi passado Em convívio conjugal Um filhinho esperado Era um grande ideal Por maior felicidade De todos e do casal A cena da maternidade Teve um feliz final No quarto dia do parto A moça saiu do quarto Caminhando natural
Que cena maravilhosa A mãe toda amorosa E o pai muito carinhoso A criancinha mamando É um ato demonstrando Quanto Deus é poderoso