Pedro Bento e Zé da Estrada

Ciência no Laço

Pedro Bento e Zé da Estrada


Relembrando minha mocidade
Tempo bom não volta mais
Boiadeiro
Eu era valente na mogiana eu fui capataz
No paraná já vendi boiada
Que comprei no chão de goiás
Em mato grosso passei de viagem
Gostei muito de minas gerais
Me lembro muito e tenho saudade
Da felicidade quando era rapaz

Eu agora estou velho cansado
Mas no tempo que eu fui moço forte
Eu cortava esse meu brasil
Viajando do sul para o norte
Sempre fui peão destemido
Capataz e chefe de transporte
Balançando na estrada empoeirada
Com mais de 1500 garrote
Desmanchava do laço a rodilha
Se uma novilha fugia do lote

Já quase na última viagem
Quis mostrar a ciência do laço
Eu lacei um zebu na corrida
Do cipó ele faz dois pedaços
Esse bicho avançou furioso
Como raio que brilha no espaço
Eu peguei esse bicho a unha
E depressa lhe dei o compasso
Foi nessa cena esquisita
Das moças bonitas eu ganhei muito abraço

Hoje guardo esse laço quebrado
Como honra da minha destreza
Por lembrança de minha viagem
Do transporte, da minha proeza
Eu laçava qualquer bicho ruim
Na laçada eu tinha certeza
Hoje nada disso eu faço
Já não tenho aquela destreza
Ao ver hoje uma boiada
Olho na estrada e choro de tristeza

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