Padre Zezinho

Retrospectiva

Padre Zezinho


Há mais de vinte e cinco anos

Neste mesmo rio e nesta mesma ponte

Sentou-se um jovem sonhador olhando

O sol nascer na linha do horizonte

As águas eram cristalinas e aquelas

Colinas verdejantes

A vida em torno borbulhava e a criação

Cantava alegra e radiante



Ai, o tempo voa

A gente corre à toa

E esquece de viver

Ai, da mesma ponte

A linha do horizonte

Eu já não posso ver



Ai, a gente corre

Enquanto a vida morre

Pra nos dar lugar

Ai, o mesmo rio

Corre tão vazio

Que até faz chorar



O pássaro que ali cantava

Se tem descendentes

Os levou embora

O peixe que a gente pescava

As águas encardidas

Puseram pra fora

As fábricas foram chegando

E logo devastando o verde que se via

Os homens foram construindo

A vida que existia



Depois de vinte e cinco anos

Nesta mesma ponte

Eu olho à minha frente

Me sento triste e pensativo

Em busca de um motivo Pra ficar contente

Relembro com quanta alegria

A gente convivia com a natureza

Agora a selva é de cimento

E por isto eu lamento

E canto com tristeza

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