Não sou cantor e muito menos compositor. Violão nem sequer eu arranho. Canto muito mal e só na hora do banho.
Histórias, nem para as crianças não sei mais contar. Tenho uma vizinha que de mim fica muito a duvidar. Não posso sequer sair de casa, nem de noite ou de dia. Que ela ficar por de trás da cortina só a me espiar.
Os canteiros lá de casa de alface e almeirão secos estão. É que há muito tempo não ponho mais a mão. Os pássaros que por lá voavam, nem se quer cantam ou passam lá por perto. Tudo que planejo, não sei, nada da certo.
Até o meu telefone está mudo e fori cortado. Pouco importo porque na verdade sou eu é quem ando desligado. É pura verdade, até o meu cachorro de velhice morreu atropelado.
Já entrei na igreja para os meus pecados confessar. Só que o padre apenas me deu a penitência e não soube me perdoar.
De que adianta esta vida sofrida e tudo dando errado? Mesmo com provas de pura inocência recebi a martelado do Mm. juiz, vendi tudo que tinha e fui a falência.
E vida dura e danada. Tanto trabalhei e suei só que hoje não sirvo para mais nada.
Apenas em Deus tenho confiança. pois sei que quando partir daqui muitos irão dizer: - Eu apenas falar dele só ouvi mas na verdade nem mais rico ou pobre nunca vi.