2017 foi um ano dos melhores para quem gosta de ver grandes shows internacionais ao vivo. Além dos já tradicionais Lollapalooza e Rock in Rio (e o SP Trip, sua "perna paulistana"), o país recebeu mais um grande festival - o Maximus, que para sempre ficará marcado por ter sido palco de um dos últimos show do Linkin Park com Chester Bennington - e mais diversos shows solo.

John Mayer, Bruno Mars, Bryan Adams, Arcade Fire, Green Day, o Solid Rock com Cheap Trick (pela primeira vez no Brasil) e Deep Purple, o badalado Thundercat, PJ Harvey, Paul McCartney, Phoenix, Dua Lipa (em show solo e também abrindo para o Coldplay), a dobradinha Elton John e James Taylor foram apenas alguns dos nomes que deram as caras por aqui em 2017. Além desses, os três shows abaixo ao nosso ver se destacaram em especial.

U2 - 19, 21, 22 e 25 de outubro no Morumbi em São Paulo
U2

Pela primeira vez em mais de 35 anos, os irlandeses se permitiram olhar efetivamente para o passado ao reviver na íntegra, "The Joshua Tree", o seu álbum mais popular, lançado há 30 anos. A chance de ouvir a banda tocar todas as músicas do álbum, além de clássicos lançados antes e depois do disco aniversariante deixou tanto os fãs de carteirinha como os ouvinte casuais em uma fissura raramente vista por aqui.

Os ingressos para a primeira apresentação rapidamente se esgotaram, e sucessivamente mais três concertos foram marcados. Quem esteve no Morumbi em qualquer um dos shows não vai se esquecer da entrada da banda tocando um mini-set no meio do estádio, a introdução de "Where The Streets Have No Name" quando finalmente se viu o telão de 60 metros em pleno funcionamento, e a parte final do espetáculo com canções dos anos 90 e além. O U2 mais uma vez provou que consegue se conectar com uma multidão de dezenas de milhares de pessoas como se estivesse em um pequeno clube.

Coldplay - 7 e 8 de novembro no Allianz Parque em São Paulo. 11 de novembro na Arena do Grêmio em Porto Alegre

Coldplay


Assim como o U2, o Coldplay escolheu a América Latina para encerrar a sua mais recente turnê. Da mesma forma que os irlandeses, eles também levaram multidões aos concertos e conseguiram criar um clima de cumplicidade com a plateia.

Chris Martin e cia. já haviam trazido a "A Head Full of Dreams Tour" para o país em 2016, logo em seu início, o que deu chance do público de comparar a banda em duas situações bem distintas: a primeira com a banda ainda se ambientando ao show e a segunda com o quarteto já bem à vontade com o palco e o setlist. Em ambas situações, o público certamente deixou o estádio com a certeza de terem presenciado um espetáculo não menos que exuberante.

Ed Sheeran - 23 de maio Pedreira Paulo Leminski, Curitiba, 25 de maio Jeunesse Arena, Rio de Janeiro, 28 de maio Allianz Parque, São Paulo, 30 de maio Esplanada do Mineirão, Belo Horizonte
Ed Sheeran
Ed Sheeran (Foto: Divulgação)


Preencher um estádio apenas com voz, violão e alguns pedais de efeitos não é tarefa da mais fáceis, mas Ed Sheeran não se intimidou com tal tarefa e mostrou ser mais do que capaz de cumprir tal missão, graças ao seu carisma, boas composições e, óbvio, por ter um enorme fã clube por onde quer que passe.

O cantor retornou ao país para mostrar além de seus vários hits, em números impressionantes para quem tem apenas três álbuns, as músicas do ainda recente "÷", um álbum que acabou se mostrando um dos poucos sucessos comerciais indiscutíveis do ano.

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