Pode-se falar o que quiser do Bon Jovi, mas não se pode negar a competência da banda, o poder que as músicas deles exercem sobre o público e o carisma de seu vocalista Jon Bon Jovi. Retornando ao Rock in Rio depois de quatro anos, agora em uma fase mais tranquila e com a formação estabelecida, o grupo entregou um show longo que mostrou que eles são mestres em matéria de animar grandes multidões.
Apesar de estarem divulgando um novo álbum, o quinteto, acrescido de dois músicos extras, apresentaram apenas três músicas de "This House Is Not For Sale", incluindo a faixa título na abertura do concerto. O restante vem dos álbuns mais antigos, especialmente "Slippery When Wet" (1986), "New Jersey" (1988) e "Keep The Faith" (1992). Apesar de parecer estar com a voz cansada em alguns momentos, o vocalista conseguiu dar conta do recado, deixando a conversa de lado e colocando o público para dançar um setlist focado muito mais em canções mais animadas do que nas baladas.
Obviamente as faixas mais lentas estão presentes e causam comoção, vide "Bed Of Roses" ou "Wanted Dead Or Alive". Outro bom momento foi a lembrança de "Runaway", o primeiro single lançado há 34 anos.
Ainda assim, não se pode negar que a multidão que viu o show saiu um tiquinho decepcionada. Isso porque o grupo não tocou a balada "Always" que estava escrita como uma opção para o bis no setlist. Aos admiradores resta torcer que eles a toquem logo mais em São Paulo, no Allianz Parque, quando eles encabeçam o segundo dia do festival SP Trip.
