Há exatos 30 anos, "The Joshua Tree", o quinto trabalho de estúdio do U2 chegou às lojas. Um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, 25 milhões de cópias ao redor do mundo segundo estimativas, foi esse disco que tornou os irlandeses em superestrelas.

"Joshua Tree" foi a culminação de um trabalho de vários anos que começou a gerar frutos já em 1983, quando "War" os tornou mais conhecidos nos EUA. O avanço continuou em 1984 com "The Unforgettable Fire" e a marcante participação deles no grande festival beneficente Live Aid em julho de 1985.

U2
Assim, não é exagero dizer, que o mundo estava ávido pelo quarteto e eles corresponderam a toda essa ansiedade. "The Joshua Tree", manteve algumas características do trabalho anterior - o fascínio com a América, agora ainda mais explicitado, a produção da dupla Brian Eno e Daniel Lanois e um equilíbrio entre canções grandiosas e as mais introspectivas. Mas o produto final se mostrava claramente um avanço em relação aos seus outros discos.

O modo como eles lidaram com o trabalho no palco nas décadas que se seguiram é interessante. De um lado, a quase totalidade da primeira parte do álbum ainda hoje forma a espinha dorsal dos shows da banda.

Assim, é quase impossível imaginar um show deles sem "Where The Streets Have No Name", "I Still Haven't Found What I'm Looking For", "With Or Without You" e "Bullet The Blue Sky". Ao mesmo tempo, as demais canções do álbum foram muito menos executadas ao vivo - ou nunca, no caso de "Red Hill Mining Town" - apesar de todas serem bastante queridas pelos fãs.

Esse "problema" finalmente será contornado agora em 2017. O grupo fará alguns shows especiais na América do Norte ou Europa onde promete tocar o trabalho na íntegra.

Relembre agora os três maiores sucessos desse grande clássico do rock:

"With Or Without You"

O primeiro single do disco é uma balada climática que chegou ao topo da parada americana e em quarto lugar na britânica ganhando os corações dos fãs e também ajudando a conquistar vários outros.






"I Still Haven't Found What I'm Looking For"
A influência da música gospel nessa canção ficaria mais óbvia na versão ao vivo lançada no ano seguinte no álbum "Rattle and Hum". A faixa, com uma das melhores melodias já feitas pela banda, essa também chegou no topo da parada americana (e em sexto no Reino Unido).





"Where The Streets Have No Name"
Uma das melhores faixas de abertura de disco, "Where The Streets..." cresceu mesmo no palco, onde acabou por se tornar nos anos seguintes o grande momento do shows do grupo (momento que hoje é dividido com "One" lançada em 1991). O single chegou no 13° lugar nos EUA e em quarto na Grã Bretanha.