JoJo alcançou a fama muito cedo, tendo assinado contrato com uma gravadora pela primeira vez aos 12 anos de idade. Após uma batalha judicial, que não a deixou lançar material inédito durante dez anos, a cantora está de volta com o terceiro disco, "Mad Love."

A artista conversou com o Vagalume e contou algumas histórias sobre a criação do material, que inclui várias colaborações e pretende revelar ao público as origens e o futuro da americana. Além disso, JoJo falou sobre seu retorno ao Brasil com a turnê do disco, que deve ser anunciada em breve.

Confira o bate-papo a seguir:

A primeira canção no álbum é "Music." O que te fez decidir iniciar o disco com uma canção tão emocionante?

Quando eu terminei o disco e comecei a separar as melhores músicas, eu sabia que "Music." seria a mais emocionante. Pareceu a coisa certa a fazer, introduzir o álbum com a história de onde eu vim, e encerrá-lo com "I Am.", que conta para onde estou seguindo em minha jornada pessoal. Ao começar com "Music.", pude estabelecer o que me fez ser quem eu sou, e como a música tem sido uma influência tão grande em minha vida.

Ainda sobre música, você já se referiu à ela como um "terceiro pai". A música já te deu uma lição, como os pais fazem? Quais foram os principais ensinamentos?

Ah, interessante. Sim, com certeza. Eu acho que sempre há algo novo a ser descoberto. Sempre há outras coisas a se aprender quando se trata de música, e eu constantemente me impressiono com as habilidades de outros artistas e cantores… Você descobre que é uma jornada sem fim, e que não tem como esperar a perfeição, sabe, da música, porque tudo é relativo… Assim como os pais, a música é uma entidade viva.

Você curte muitos estilos diferentes de música, como jazz. Você gostaria de se aventurar em outros gêneros musicais no futuro? É algo que você planeja, lançar algo totalmente inesperado?

Sim. Eu realmente quero. Há muitas pessoas com quem eu gostaria de trabalhar, e eu consigo me imaginar em um projeto paralelo, seja com meu próprio nome ou colaborando no trabalho de outros artistas. Eu sou muito inspirada por qualquer música experimental, e fusões do soul, do blues… Trabalhar em algo com esta influência seria um sonho, com certeza. Está certamente nos meus planos.

Você colaborou com Alessia Cara no disco. O que te fez escolher Alessia para cantar em "I Can Only. (feat. Alessia Cara)" especificamente?

Eu amo a Alessia, o que ela representa e onde está levando sua carreira. Ela me disse que cresceu ouvindo minha música e nós nos tornamos amigas, e ela foi, na verdade, uma das primeiras pessoas para quem toquei o meu álbum inteiro. Depois de mostrar o disco, eu perguntei qual música tinha tido maior impacto nela, e ela mencionou "I Can Only. (feat. Alessia Cara)", e se inspirou para fazer parte dela. Enquanto ela estava em turnê na Europa, ela escreveu e gravou um novo verso e nós o incorporamos na canção.

Você também trabalhou com Wiz Khalifa e Remy Ma, e já disse que gostaria de colaborar com Chance The Rapper e outros rappers bastante influentes. O quanto você se inspira no hip hop ao fazer sua própria música?

[O hip hop] é uma super, super influência. Eu cresci ouvindo hip hop, é uma parte do meu dia-a-dia. Eu sou constantemente inspirada pelo que artistas de hip hop estão fazendo e gostaria muito de me aventurar mais nesse mundo.

Qual foi a inspiração para "High Heels.", uma das canções de empoderamento do álbum?

É o sentimento, por mais simples que pareça, de quando você sabe que está bonita, e nessas horas, parece que fica mais fácil dizer adeus. Sabe, ir embora e dizer ‘Você vai sentir muita falta disso!' É sobre se valorizar, quando está se sentindo confiante, e usar um vestido preto e saltos altos faz parte disso às vezes.

Qual letra do disco melhor representa essa nova fase em sua vida?

Boa pergunta… Acho que "Clovers." representa bem isso. “Just when I think it's over, just when I think I lost my mind, I'm in field of clovers, I'm running forward back to life” (“Justo quando eu acho que acabou, quando eu acho que perdi a cabeça, estou em um campo de trevos de quatro folhas, seguindo em frente, de volta para a vida”).

De qual música, liricamente, você se orgulha mais em "Mad Love."?

Eu fiquei muito feliz com o resultado de "Clovers.", de "Music." e "I Can Only. (feat. Alessia Cara)" Todas elas saíram naturalmente, de sentar, conversar, e criar canções a partir destas conversas. Eu me orgulho do que conseguimos fazer através disso.

Você diria que todo esse tempo fora dos holofotes te deu ainda mais amor pela carreira?

Sem dúvidas. Ter que lutar para continuar cantando mudou a minha perspectiva; agora eu me sinto muito grata por poder fazer o que faço, e estou me divertindo mais do que nunca. Acho que dá para ver essa alegria, espero, porque é real.

Você se lembra da sua primeira vinda ao Brasil? E pretende retornar com a turnê do álbum?

Eu quero voltar o quanto antes. Eu sinto saudades do Brasil, quando fui há dez anos foi uma experiência inesquecível. Eu lembro que nos apresentamos em um estádio de futebol, em um festival, e éramos os únicos americanos no lineup. Foi incrível estar em um ambiente multicultural, na frente de pessoas que não têm o inglês como primeira língua cantando todas as minhas letras e sabendo cada uma de cor. Todos estavam tão presentes e animados, me fez sentir muito viva! Eu mal posso esperar para ir não só ao Brasil, como também a outros países da América do Sul.

"Mad Love." já está disponível em todas as plataformas digitais. Você também pode ouvir os hits da cantora no Vagalume.FM!