Tegan And Sara - Love You to Death
Tegan And Sara
Tegan And Sara Love You To Death
Essa dupla de de irmãs gêmeas idênticas canadenses têm uma trajetória já longa e bastante curiosa. Elas começaram na década passada fazendo um indie rock bem cru e básico que chamou a atenção de críticos, blogueiros e até do lendário Neil Young que levou as garotas para o seu selo.

O som das duas foi sendo aprimorado disco a disco, tornando-se mais expansivo e masi e mais acessível. A guinada definitiva se deu em "Heartthrob" com as irmãs assumindo de vez a música pop como sua profissão de fé.

Tegan And Sara
Esse "Love You to Death" segue na mesma linha, e, dentro dessa proposta, é um excelente disco. O trabalho é produzido por Greg Kurstin, que já havia trabalhado com elas no disco anterior. Mas aqui ele assume papel de maior destaque. Ele não só produziu todas as faixas como compôs algumas canções com as irmãs Quin - o compositor profissional Jesse Shatkin também ajudou a criar parte do material.

Com pouco mais de 30 minutos e apenas dez músicas, esse é um daqueles discos que se escuta de cabo a rabo com prazer. A mistura de climas mais retrô - o synthpop dos anos 80 é uma presença constante - com outros mais atuais funciona bem, e o material todo é de primeira linha. Tegan and Sara fazem assim um álbum que tem potenciais hits radiofônicos e de pistas de dança, mas que também pode ser ouvido em casa tanto por fãs de música pop como por admiradores de música eletrônica e sons mais alternativos.

Ouça "Boyfriend com Tegan And Sara presente no álbum "Love YouTo Death"





Roxette - Good Karma
Roxette
Roxette Good Karma
Entre o final dos anos 80 e, especialmente, o início dos 90, os suecos do Roxette fizeram muito sucesso em todo o mundo com a sua música que não tinha o menor problema em se assumir como pop. Daquela feita para tocar no rádio (inclusive nas AMs) e em trilhas de filmes e novelas.

Talvez por isso Marie Fredriksson e Per Gessle nunca tenham sido vistos com bons olhos pelos críticos. Mas hoje é fácil ver que os hits da dupla - muitos tidos como descartáveis - sobreviveram muito bem ao tempo, também pelo fator nostálgico que elas evocam.

Roxette
Esse é o terceiro álbum que eles lançam depois de terem ficado dez anos sem gravar - entre 2001 e 2011, quando Marie precisou lutar contra um tumor cerebral. Aqui temos um disco que certamente irá agradar os fãs mais antigos, com sua mistura de músicas mais dançantes, com acenos ao rock dos anos 60 e ao power pop, e baladas.

O trabalho também é recomendado para os mais jovens, que porventura não os conheça e, sim, ao pessoal que tinha certa bronca dos suecos há algumas décadas.

Ouça "It Just Happens" com o Roxette presente no álbum Good Karma





Paul Simon - Stranger To Stranger
Paul Simon
Paul Simon Stranger To Stranger
Verdadeiro patrimônio da música do século 20, Paul Simon com esse disco mostra que mesmo aos 74 anos, continua um músico inovador, incansável e bastante popular - esse álbum acaba de chegar ao número 1 da parada britânica.

"Stranger To Stranger" é apenas o seu 13° álbum solo e, assim como praticamente toda sua obra, que inclui também os trabalhos com Simon & Garfunkel, mostra-se fundamental.

O interessante nos seus discos dele, é a sua capacidade de surpreender.

Simon sempre encontra novas maneiras de ornamentar as suas composições e isso vem desde os anos 70, quando adicionou elementos da música jamaicana e de Nova Orleans em seu som. Depois ele ainda faria fusões com a música africana e da Bahia e até gravaria uma álbum com texturas eletrônicas com Brian Eno.

Paul Simon
Aqui o foco está principalmente nos ritmos das canções, quase sempre inusitados e causadores de agradáveis surpresas. Tal opção pode dar a impressão de que ele deixou as melodias em segundo plano - algo estranho para alguém responsável por ter criado algumas das melhores canções do século passado - mas, algumas audições do disco fazem com que esse seu lado também acabe aparecendo.

Assim, fica claro, que esse é um trabalho para ser ouvido com atenção e por algumas vezes para que ele se revele por inteiro.

Já a sensação de que estamos diante de um dos grandes discos de 2016, surge logo depois dos primeiros minutos de "The Werewolf" a faixa de abertura desse álbum muito recomendável.

Ouça "Wristband" com Paul Simon presente no álbum "Stranger To Stranger"