Lupcínio Rodrigues

Sozinha

Lupcínio Rodrigues


Vivia sozinha
Num ranchinho velho, feito de sopapo
o seu rádio de noite era o canto de um sapo
sua cama uma esteira entendida no chão
Sua refeição era um bocado de charque e farinha
pois nem prá comer a coitada não tinha
sequer no café, um pedaço de pão

Levei pro meu sítio
troquei por cetim os seus trapos de chita
até prá " marvada" se ver mais bonita
pus luz no seu quarto, invés de candeeiro
E só por dinheiro, sabem o que fez essa ingrata mulher?
fugiu com o doutor que eu mesmo chamei
e paguei prá curar os seus bichos-de-pé

Assim me falou
um pobre matuto, coitado, chorando
em seu desespero foi me ensinando
que em todo lugar mulher sempre é mulher
Se pede uma flor e a gente lhe dá ela exige uma estrela
e se por acaso ela não obtê-la
se vai com o primeiro homem que lhe der

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