Todo dia uma luta sobrevivente segue firme na conduta celebrando a retomada do ancestral que era meu que um dia roubado e assim se perdeu
Foi comprado, sempre fomos carne mais barata do mercado A nossa cegueira não deixava olhar pro lado Agora chegou, minha irmã, meu irmão O nosso tesouro foi resgatado
Nos becos da vida a gente vai se encontrar cheios de afeto e coisas boas pra contar Expulsando a negatividade da jornada unidos pela chama e a proteção de Jah Jah
Caminhos estreitos, confusos na vida segui A luz no fim do túnel, não vi que era pra mim Pra onde me apontavam, eu não queria ir Andei na escuridão, e vi que lá me perdi
Cego e perdido estava num beco onde não via mais nada Não tinha esperança, não via o amor Estava lá sozinho, era um sofredor
Então, uma mão, se estendeu Uma mulher Preta, que representava Deus Me explicou que nos becos da vida As vezes olhar pra trás poderia ser a saída
Então me virei, percebi uma luz brilhar Luz que me deu força, pude me revigorar E continuar, rumo a me encontrar Renovar minha auto-estima e a minha fé em Jah
Nos becos da vida a gente vai se encontrar cheios de afeto e coisas boas pra contar Expulsando a negatividade da jornada unidos pela chama e a proteção de Jah Jah
Nos becos da vida, realidades sofridas ausências sentidas, superações não vistas Só Jah é quem sabe de cada caminhar E de cada mente, que de lá há de brilhar
Cada casa uma história refletida É fruto de uma consciência estabelecida De saber quem você é, na ordem divina Caminhos estreitos, que no fim, nos ensina De saber quem você é, na ordem divina
Muita resiliência, amor no coração Agradeço a Jah, nosso pai da criação temos a certeza que a rima carrega a missão que o preto tá no topo mesmo com tanta opressão
Nos becos da vida a gente vai se encontrar cheios de afeto e coisas boas pra contar Expulsando a negatividade da jornada unidos pela chama e a proteção de Jah Jah
Composição: Regiane Cordeiro,Carol Afreekana, Sistah Mari, Emcee Le