Novamente me encontro com pensamentos estranhos Tudo em volta me faz tentar seguir com os meu velhos planos Não sei se é depressão, só sei que quero sumir Ninguém pensa com penso, não vejo razão pra seguir
É foda ser tipo Hamster na gaiola da vida Passo mais tempo "trampando" do que com a própria família Também não sei se queriam ter minha presença a mais É um bilhão de perguntas pra uma mente incapaz
Rotina que me esfaqueia com uma faca de mesa Saio cedo, chego tarde, e aparentou tristeza Amigos constantemente dizendo que sou dramático Certamente não entendem nem um por certo que eu passo
Nada mais é como eu quero, nada, é do meu agrado Nada, já me faz sorrir, porra tá ficando chato Mostram o exemplo dos outros mas não me traz o conforto Cada um com sua sina, eu sei da minha, eu resolvo
Até demonstro por fora ter uma vida uma vida legal Só que o sorriso no rosto, camufla bem todo mal Me deparei com o choro profundo, inexplicável Por muitas vezes pensei, matar quem tá do meu lado
Transcrevo aqui a resposta justificando o ato Essa folha falará toda a dor que eu trago Desculpa mãe por se fraco, mas foi um mal necessário A vida é um show e eu quero manter distância dos palcos
Refrão Sem forças pra lutar Não quero mais seguir Sem sorrir, sem sentir Men... tin... do para mim Não quero mais viver, por viver Só sofrer Machuca minha alma Deus perdoe minha falha!
Ainda reflexivo sobre o que vou fazer Será que é a saída? E eu decidi que vai ser E pra chegar a tal ponto falharam alternativas Falharam pessoas amadas, falhou a fé corrompida
Lágrima rola no rosto, eu sinto medo de fato Rabisco a trilha da morte, enquanto me preparo Penso em tudo que fiz, sorriso amarelado Mais um pouco de café, acendo mais um cigarro
Recapitulo meus dias, uma semana acordado Conectado a idéia, secando whisky e cheirado Sinto que não farei falta, até então não notaram Não transo mais com a mulher, falta atenção no trabalho
Não perceberam o silêncio, nem que não alimento Bebi a semana toda, mas pra eles tá "valeno" Bom dia não ouço mais. um obrigado é raro Como está? Nem em sonho. Sinto que eu nada valho
Se é pecado ou não, sem importância pra mim Ta decidido, é pessoal, o meu limite é aqui Todo nada que consegui, deixarei pra trás Essa vida vivendo em vão, eu já não quero mais
Nesse vigésimo terceiro dia de novembro Carrego a arma e entendo, que se aproxima o momento Onde nasci morrerei, assim como planejei A data marca o início e o fim de um Zé Ninguém