Existe um lar que se descobre um mundo Envolve o risco de quem vê o fundo Não é azul, não é azul, sincero Só em meu canto
Por trás do globo que reflete o poço Jogo a moeda que lhe pede o troco Recolho a mão que num momento erra Só por um sonho
Tivestes naquela chuva Que não deitou A rua em seu joelho E acalentou
O pranto que brota intenso Daquele asfalto e colheis Um grão risonho e pleno Não o joio em que regas A lei, a lei, a lei Não o joio em que regas A lei, a lei, a lei Não o joio em que regas A lei, a lei, a lei Não o joio em que...
Em quanto tempo se constrói um mundo Sem cicatrizes que preservam o impuro Devolve em cor, devolve em cor, me entregue Só o encanto
Que seja a face, não se esgote o rumo A comunhão em que se veste o culto A solidão é uma paixão por si Dorme em meu canto
Esquece aquela culpa Que se lamentou Da curra pelo conceito De estar e se pôr
Nas avenidas retas Desgovernado irei Qual, qual a palavra certa? Será aquela que atropela A lei, a lei, a lei Aquela que atropela A lei, a lei, a lei Aquela que atropela A lei, a lei, a lei Aquela que... Atropela a lei...