Eu já existo antes do tempo Eu criei o zero no tempo Eu o inaugurei sem conselheiros, palpites e Opiniões, com toda a paciência e maestria contida Na minha eternidade e poder
Preparei o mundo como um berço para minha obra-prima Para ser perfeita como eu Já que outros falharam No primeiro teste, cedeu à tentação da curiosidade e conseguiu o que queria Conhecendo o bem e o mal a preço da morte Conforme eu disse que aconteceria
Com a brevidade da vida, a busca pela felicidade e pela eternidade Começou a ser feita por caminhos que só afastaram essa obra-prima de mim E quanto mais longe de mim Ficava, mais tomava caminhos estranhos
O ponto a que o homem chegou, baseado na sua suposta Independência, é o seguinte: Caos Caos este pelo qual me culpa
O outrora autossuficiente agora quer um responsável Que convenientemente nunca é ele por mais que se Prove onde, como quando e por que de o ser Incapaz de enxergar e reconhecer que eu sou a rota de fuga Ele se suja em suas próprias situações isso quando não se atola Afunda e até afoga, numa escala que vai do global ao individual
E falando em individual, estou olhando exatamente para um desses homens Você
Enquanto isso
Composição: Diogo Bouvier, Thiago Matias, Eduardo Arham e Junior Santos